Escolaridade, Doença de Alzheimer e prevenção

Este material é uma revisão dos artigos mais úteis e interessantes que encontrei à respeito da tão temida doença de Alzheimer e espero ser útil aos meus leitores.

A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente os adultos de idade avançada, porém novos estudos demonstram que seu início pode ser bem mais precoce, em torno dos 45 anos, bem antes que seus sintomas mais evidentes como a perda da memória e mais tarde a instalação do quadro de demência sejam visíveis. Essa, de fato, não é uma ótima notícia. Entretanto outros estudos demonstraram que em indivíduos com oito anos ou mais de escolaridade a prevalência é de 3,5%, enquanto que nos analfabetos é de 12,2%.

As pessoas que praticam exercícios da chamada neuróbica ( fazer tudo aquilo que contraria ações automáticas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional), obtêm um efeito benéfico e preventivo em relação à D.A.

Os estudos mais recentes, publicados na Archives of Neurology, demonstraram que as pessoas que mantêm o cérebro estimulado cognitivamente mediante leitura, escrita e jogos apresentam níveis menores da proteína beta amilóide, que está presente nos portadores da Doença de Alzheimer. Essa proteína tem a propriedade de formar placas no cérebro, e estas, de determinar uma piora na transmissão dos neurônios cerebrais.

O presente estudo demonstra que é possível até mesmo, mediante o estímulo do cérebro, afetar o processo patológico primário da doença, em outras palavras, parece ser possível que os exercícios cognitivos possam de fato ter um papel claramente preventivo da doença.

Embora atualmente o consenso científico fale em favor de que a D.A. seja considerada uma síndrome genética, estes novos trabalhos científicos demonstram que podemos ter uma participação em sua prevenção mediante ações práticas extensamente também comprovadas nos trabalhos científicos, e que somadas aos já bem conhecidos cuidados com a saúde ( alimentação, sono, atividade física e mental, etc ) têm confirmadamente efeitos benéficos para modificação dos fatores de desencadeamento e/ou retardamento da evolução na D.A.

Parece que os fatores de estilo de vida podem estar relacionados com as primeiras mudanças em muito maior proporção do que vinha sendo considerado até agora.
Rita Cytryn




Pela primeira vez Doença de Alzheimer é revertida em paciente



Transcrição do Artigo de "Ciência Hoje"

A doença de Alzheimer foi revertida pela primeira vez no Canadá e com sucesso. Uma equipe de investigadores canadenses, da Universidade de Toronto, liderada por Andres Lozano, usou uma técnica de estimulação cerebral profunda, diretamente no cérebro de seis pacientes, conseguindo travar a doença. O estudo vem publicado na «Annals of Neurology».

Por redação | Com Ciência Hoje

Em dois destes pacientes, a deterioração da área do cérebro associada à memória não só parou de encolher como voltou a crescer. Nos outros quatro, o processo de deterioração parou por completo.
Nos portadores de Alzheimer, a região do hipocampo é uma das primeiras a encolher. O centro de memória funciona nessa área cerebral, convertendo as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo. Sendo assim, a degradação do hipocampo revela alguns dos primeiros sintomas da doença, como a perda de memória e a desorientação.
Imagens cerebrais revelam que o lobo temporal, onde está o hipocampo e o cingulado posterior, usam menos glicose do que o normal, sugerindo que estão desligadas e ambas têm um papel importante na memória.
Para tentar reverter esse quadro degenerativo, Lozano e sua equipa recorreram à estimulação cerebral – enviar impulsos elétricos para o cérebro através de eléctrodos implantados.
O grupo instalou os dispositivos perto do fórnix – um aglomerado de neurónios que enviam sinais para o hipocampo – dos pacientes diagnosticados com Alzheimer há pelo menos um ano. Os investigadores aplicaram pequenos impulsos eléctricos 130 vezes por segundo.
Testes realizados um ano depois mostram que a redução da glicose foi revertida nas seis pessoas. Esta descoberta pode levar a novos caminhos para tratamentos de Alzheimer, uma vez que é a primeira vez que foi revertida.
Os cientistas admitem, no entanto, que a técnica ainda não é conclusiva e que necessita de mais investigação. A equipa vai agora iniciar um novo teste que envolvem 50 pessoas.

Mal de Alzheimer

Existem vários tipos de demência, em que há decréscimo das capacidades de funcionalidade, comprometimento das funções cognitivas – atenção, percepção, memória, raciocínio, pensamento, linguagem etc. – e da capacidade físico-espacial.
O Mal ou Doença de Alzheimer é a principal causa de demência que causa problemas de memória, pensamento e comportamento. A doença é responsável por 50% a 80% dos casos de demência no mundo.
O Alzheimer é degenerativo, mais comum após os 65 anos de idade e caracteriza-se pela perda progressiva de células neurais. A médica Sonia Brucki, do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, explica que há um acúmulo anômalo de algumas proteínas no tecido cerebral que provoca a morte dos neurônios.
“Até agora se acredita que isso seja multifatorial, causado por componente genético, fatores externos (baixa escolaridade, por exemplo), alterações vasculares (hipertensão, diabetes etc.), traumatismos cranianos com perda de consciência, alterações nutricionais e depressão”, enumera. Outros problemas podem causar demências, por exemplo, deficit de vitaminas, doenças da tireoide, alterações renais, portanto doenças que podem ser evitadas.
Atualmente, não existe medicação disponível para evitar esse acúmulo de proteínas, mas há medicamentos que retardam a progressão do Alzheimer. Algumas medicações, fornecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), aumentam uma substância no cérebro que, em menor quantidade, traz alterações na memória.
Os sintomas geralmente são desenvolvidos lentamente e pioram com o tempo. Alguns pacientes conseguem ter uma redução progressiva da doença, mas outros não conseguem voltar à normalidade. Em casos mais graves, o paciente pode ter apatia, depressão, alucinação e pensamentos delirantes.
O médico neurologista Fábio Henrique de Gobbi Porto diz que o principal sintoma é a dificuldade de aprender coisas novas. O idoso não consegue se lembrar de fatos recentes como, por exemplo, o dia da semana. Tem também dificuldade para fazer contas.
Segundo ele, na fase inicial, o paciente pode ser lembrado de informações importantes e ter o suporte da família. Na fase moderada, tem uma dependência maior da família e, às vezes, existe mudança do comportamento. Na fase mais grave, tem dificuldade para realizar funções básicas, como urinar, dificuldade para engolir e até agressividade. A fase mais grave dura, em média, oito anos.
A família precisa ficar atenta a qualquer decréscimo de qualquer capacidade da pessoa, seja memória, dificuldade de realizar tarefas complexas, nomear coisas, problemas de linguagem. “Nem sempre começa com problemas de memória”, alerta Brucki.
Ainda não existe cura para o Mal de Alzheimer, mas alguns estudos testam medicações que poderiam estacionar a doença. De acordo com o neurologista Fábio Henrique de Gobbi Porto, já foi provado cientificamente que a escolaridade, principalmente na fase mais básica, é um fator protetor contra o Alzheimer.
Além disso, a prática de exercícios físicos e uma dieta saudável previnem a doença. “Algumas teorias dizem que a atividade física aumenta o fluxo sanguíneo no cérebro, aumenta a lavagem (retirada) da proteína do Alzheimer que se acumula no cérebro, além de melhorar o humor e a saúde em geral”, explica.

Dor e Emoção

Dor e Emoção

Tensão muscular e atividade psíquica representam dois aspectos de uma mesma concepção de unidade de função fundamental psicossomática. Dito de outro modo, o que se passa à nível psicológico tem repercussão física, ou seja, no conjunto osteomuscular.

Podemos afirmar que a expressão do corpo é  um registro, uma tradução de reações emocionais. A variação do  tônus postural indica o nível de tensão interna do indivíduo. Quem, depois de um dia de contrariedades, de aumento de stress não se sentiu como que “travado, tenso, rígido, dolorido ou cansado”?

Entre as abordagens no trato desse tema podemos sugerir, em primeiro lugar, a percepção do estado corporal e a relação que há entre pensamentos e emoções associados. É extremamente útil quando o paciente pode, durante movimentos corporais  ou massagens por exemplo, verbalizar os estado emocionais que estão associados. As psicoterapias que levam em consideração os estados físicos, que auxiliam nessa percepção são fundamentais.

Existem dores físicas que são exclusivamente emocionais.  A grande maioria de pacientes com relato de dor crônica diária sofre de fadiga e contraturas posturais tanto por atividades ergonômicas insatisfatórias como também estados emocionais de sofrimento crônico.

Gerar e fortalecer a conscientização das percepções corporais e emocionais de um paciente, como por exemplo dar-se conta da posição da cabeça no espaço ou uma coluna encurvada, abdômen flácido, entre outras, pode auxiliar a recuperação desses quadros dolorosos que geralmente são mascarados com uso de medicação analgésica sem tomada de consciência dos dois níveis, o físico e o emocional. Eles são inseparáveis e o resultado de abordar apenas um ou outro sempre será insuficiente no que toca ao resultado final ou à estabilidade desses resultados.

A dor existe para algo: sinalizar um ou mais níveis de um problema. Não percebê-la ou simplesmente anestesiá-la só fará com que piore, terminando por torná-la crônica. Entender a dor, como se instalou, que a mantém  são importantes passos para que se chegue às origens como também as soluções.

É necessário “educar” o paciente sensibilizando-o para auto percepções, associando a psicoterapia e atividades físicas como pilates e yoga, as quais em conjunto proporcionarão resultado duradouro à obtenção da saúde integrada do indivíduo.

Exercitando os Hemisférios Cerebrais

A maioria das pessoas sabe que o cérebro tem dois hemisférios (“duas bandas”) que funcionam de forma totalmente diferente? E sabe que eles funcionam de forma diferente ou que podem melhorar a performance dos mesmos? Infelizmente não.

Hoje vamos tratar dois diferentes hemisférios cerebrais e como eles funcionam.  No quadro abaixo você verá  que são bastante diferentes. O lado direito mais intuitivo e criativo e o lado esquerdo mais lógico e analítico. 

Como você se auto avalia? Seria capaz de examinar-se e ver qual o seu hemisfério predominante? Seja qual for a resposta você teria uma ampliação de suas capacidades cognitivas e que obviamente repercutiram na sua vida prática se pudesse contar com uma MELHOR EFICIENCIA NO USO DOS DOIS HEMISFÉRIOS CÉREBRAIS.




 NO LADO ESQUERDO DO CÉREBRO predominam:
Razão
Lógica
Raciocínio
Racionalidade
Matemática
Conteúdo
Técnica
Fechamento
Engenheiro
Linguagem consciente
Letra, conteúdo.
Compreensão, interpretação

NO LADO DIREITO DO CÉREBRO predominam:
Emoção
Intuição
Criatividade. Imaginação.
Espiritualidade
Artes. Pintura. Cores. Desenho. Imagens. Visual.
Formas. Percepção espacial.
Assertividade
Abertura
Arquiteto
Linguagem inconsciente
Música. Rima. Ritmo.
Sensação

O exercício que vou apresentar é uma adaptação do método dos  professores COMO APRENDER MELHOR - utilizando o seu cérebro e sua criatividade de Carmen Lúcia Coube Zancaner e Marco Pellegatti que inclusive se encontra esgotado. O objetivo do exercício é aumentar a sua percepção dos hemisférios cerebrais, desenvolver habilidades cognitivas e melhor integrá-los. Se você praticar frequentemente logo notará diferenças que evidentemente terão impacto no seu cotidiano, mas lembre-se todo exercício precisa ser repetido e ninguém nunca conseguirá nada proveitoso com atividades eventuais seja da natureza que for!

Vamos lá:


Você vai precisar de 20 a 30 minutos sentado em uma posição confortável.
1-Com os olhos fechados observe a sua respiração e permita que o ritmo aos poucos vá se regularizando.
2-Com os olhos fechados, direcione a atenção para seu olho esquerdo e mova o globo ocular para baixo, para cima, para a esquerda, para a direita, e depois gire no sentido horário e no sentido anti-horário.
3-Com os olhos fechados, direcione a atenção para seu olho direito e mova o globo ocular para baixo, para cima, para a direita, para a esquerda, e depois gire no sentido horário e no sentido anti-horário.
4-Com os seus olhos fechados preste atenção no seu hemisfério direito e em seguida no hemisfério esquerdo. Será que um dos lados parece mais fácil de fazer? Não importa.

5- Imagine imagens vividamente conforme se segue abaixo, SEM GRANDE ESFORÇO.
No lado esquerdo  imagine 1 e no lado direito a letra A, 2 e letra B, 3 e letra C até chegar ao final do alfabeto com seus respectivos números.

6- Descanse por um minuto, faça uma breve pausa.

7- Sempre com os olhos fechados imagine
No lado esquerdo do cérebro- um grande piquinique com fogos
No lado direito um casal se casando
No lado esquerdo visualize uma procissão de monges entrando em um mosteiro
No lado direito um furacão passando por uma cidade
No lado esquerdo, um átomo
No lado direito, uma galáxia
No lado esquerdo árvores florescendo
No lado direito árvores perdendo as folhas no outono.
No lado esquerdo o nascer do sol
No lado direito o pôr-do-sol.
No lado esquerdo uma floresta tropical
No lado direito uma montanha gelada.
No lado esquerdo a sensação de escalar rochas
No lado direito a sensação de acariciar um bebê.

8- Descanse por um minuto, faça uma breve pausa.

9-Focalize sua atenção no lado esquerdo do cérebro por algum tempo e procure imaginar seu aspecto. Concentre-se igualmente no lado direito do seu cérebro.

10-Em seguida, preste atenção aos grossos feixes de fibras que ligam os dois hemisférios. Agora, experimente sentir os dois lados ao mesmo tempo. Pense em seu cérebro como um universo com dimensões e capacidades que você só começa a perceber agora.

11-Converse com seu cérebro mostrando ser possível que você tenha mais células cerebrais abertas à sua disposição, e que a interação das células e todos os processos do cérebro se aprimorarão continuamente, à proporção que passa o tempo. Diga-lhe que os hemisférios estão mais bem integrados.

12-Agora preste atenção e verifique se o cérebro tem algum recado para você. Se tiver alguma intenção especial para o seu cérebro, ofereça agora. Continuando a sentir a comunhão com seu cérebro, abra os olhos e olhe ao seu redor.

Observe se há mudanças em sua percepção. Como se sente agora? Qual é o seu estado de espírito? Está sentindo que suas possibilidades se modificaram? Continue fazendo esse exercício e compartilhe nesta página as suas experiências e resultados, ok?

Um grande abraço,
Dra. Rita Cytryn




Cientistas brasileiros desvendam elo clínico entre doença de Alzheimer e depressão



Pesquisadores da UFRJ observaram que neurotoxinas presentes em maior quantidade no cérebro de pacientes com Alzheimer causam depressão em camundongos.
Cientistas brasileiros descobriram o mecanismo responsável pela associação entre doença de Alzheimer e depressão. Na prática clínica, observa-se que uma das manifestações psiquiátricas mais comuns do paciente com Alzheimer são transtornos depressivos, que também atuam como fatores de risco importantes para a doença degenerativa. O que não se conhecia até agora era o mecanismo molecular exato por trás dessa relação. Matéria de Mariana Lenharo, em O Estado de S. Paulo, socializada pelo ClippingMP.
O estudo [Amyloid-β oligomers link depressive-like behavior and cognitive deficits in mice] da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) concluiu que neurotoxinas chamadas oligômeros de abeta, presentes em maior quantidade no cérebro dos pacientes com Alzheimer, são capazes de levar a sintomas de depressão em camundongos. O tratamento desses roedores com antidepressivo reverteu o quadro depressivo e melhorou a memória.
A descoberta, que abre a possibilidade de investigar mais a fundo a eficácia da indicação de antidepressivos em fases iniciais do Alzheimer, foi publicada na revista Molecular Psychiatry, do mesmo grupo que publica a Nature.
Os oligômeros, estruturas que se agregam formando bolinhas, atacam as conexões entre os neurônios, impedindo o processamento de informações. Como são solúveis no líquido que banha o cérebro, eles se difundem, atacando o órgão em várias regiões. Pesquisas anteriores demonstraram que os oligômeros são os principais responsáveis pela perda de memória nas fases iniciais da doença.
Para testar a hipótese de que eles também provocam depressão, os cientistas aplicaram a toxina nos cérebros de camundongos. Após 24 horas, os animais foram submetidos a testes que identificaram comportamentos depressivos. Mediante o tratamento com fluoxetina, o quadro foi revertido.
“Uma boa surpresa do estudo foi que a fluoxetina também teve efeitos positivos na memória”, diz um dos líderes do estudo, o pesquisador Sergio Ferreira, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ.
Segundo o neurologista Ivan Okamoto, membro da Academia Brasileira de Neurologia, quem não tem histórico de depressão e desenvolve um quadro depressivo com idade mais avançada tem de três a quatro vezes mais risco de desenvolver Alzheimer.
Agora, de acordo com Ferreira, o desafio é entender por que os oligômeros levam também à depressão. “Observamos que eles induzem uma reação inflamatória no cérebro dos animais. É possível que essa reação esteja levando à depressão, mas os dados ainda não permitem garantir isso.”
Para o neurologista Arthur Oscar Schelp, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), é difícil reproduzir o Alzheimer em modelos animais, por isso a transposição do que se descobre nos roedores para os seres humanos ainda é difícil. Ele observa que a depressão predispõe ao surgimento de muitas doenças.
Amyloid-β oligomers link depressive-like behavior and cognitive deficits in mice
Molecular Psychiatry advance online publication 27 November 2012; doi: 10.1038/mp.2012.168
http://www.nature.com/mp/journal/vaop/ncurrent/full/mp2012168a.html
EcoDebate, 08/01/2013
http://www.ecodebate.com.br/2013/01/08/cientistas-brasileiros-desvendam-elo-clinico-entre-doenca-de-alzheimer-e-depressao/


O Consumo de Açúcar no Mundo. Será que precisamos mesmo dele?


O mapa acima demonstra o consumo de açúcar refinado,     (sacarose) em termos de calorias por dia. Apesar de algumas regiões apresentarem um consumo altíssimo, em outras ainda é praticamente inexistente ou insignificante. 

Em países como o Brasil, historicamente produtor industrial de açúcar refinado, em que grande parte das pessoas considera os alimentos doces como os mais saborosos e desejáveis, quase não se consegue imaginar que existam regiões em que seu consumo é inexistente. Pode ser bastante estimulante pensar que o açúcar não é uma realidade cultural de todos os povos e, aliás, é um elemento recente introduzido na cultura da humanidade, talvez 6000 anos, em um nível bastante restrito, tendo sua produção tornada em grande escala somente  por volta do século XVII. O açúcar faz parte de nossa realidade alimentar diária há tão somente uns 400 anos.

Pode-se afirmar que, para um número significativo de pessoas, o açúcar tem um potencial aditivo, como uma verdadeira droga, que aliás, de fato, o é. E por sê-lo, é que de forma muito poderosa, inúmeros pacientes diabéticos, advertidos de risco de amputação de seus membros, não conseguem parar de comer doces. Esse é só um dos exemplos de como a questão da adição ao açúcar é tão séria.

As crianças são treinadas desde a infância a afogar tristezas serem premiadas, receber carinho ou celebrar felicidade com balas, doces, sorvetes, bolos e sobremesas, mas o fato grave que se esconde nesses hábitos culturais é que uma adição (dependência) de açúcar se instala, com todo o seu potencial viciante, do ponto de vista psicológico (emocional). O açúcar é capaz, de fato, de provocar sensações prazeirosas associadas à serotonina, que do ponto vista da bioquímica cerebral, funcionam como um antidepressivo momentâneo.  

Quem consome açúcar regularmente ou abusivamente já experimentou o mal estar de sua restrição ou eliminação súbitas, que são  sintomas semelhante à uma droga como qualquer outra. Há de fato mal estar físico (tonturas, sensação de desmaio, desfalecimento, desânimo) como também sofrimento emocional. 

A retirada do açúcar, urgente e imprescindível para muitas pessoas, é extremamente dolorosa. Estão em jogo associações neurais antigas, poderosas e reforçadas que o ligam a sentimentos de esperança, prazer, proteção, alegria, suporte para momentos difíceis,  entre muitos outros. 

No processo de desintoxicação, tanto o aspecto bioquímico como o emocional devem ser levados em conta, tanto na retirada súbita como na progressiva, a depender das possibilidades individuais. 

Os doces têm um status falso de alimento, e vão continuar tendo, pois um questionamento em larga escala de seus malefícios envolve interesses econômicos poderosos. Certas verdades continuarão a ser omitidas.

Recentemente li materiais científicos que identificam o potencial cancerígeno da tão vastamente utilizada coca-cola. Por quantas décadas fomos bombardeados com a “informação” de que se trata de uma bebida “inocente”?   Esse é somente um exemplo que utilizarei para estimular o espírito crítico dos meus leitores: não se pode acreditar em tudo que o sistema propõe. 

O hábito de pesquisar e de buscar fontes variadas de informação permitirá o fortalecimento de convicções próprias, seja nesse como em qualquer outro aspecto da existência. Tal atitude fará uma grande diferença no posicionamento existencial do indivíduo, dando-lhe um status de sujeito agente de sua vida e  não um ser passivo face ao que lhe apresentam ou impõem.

A vida é desafiante e, a todo o momento, é necessário manter um sistema próprio de crítica, autocrítica e confrontação das realidades interna e externa. 

Em minha experiência profissional tenho podido utilizar técnicas psicoterapêuticas e de programação neurolinguística (PNL) para auxiliar um novo reposicionamento do indivíduo em relação aos diversos tipos drogas socialmente aceitadas. O primeiro passo é a informação e em seguida o reconhecimento, no caso em que esteja havendo alguma forma de prejuízo à saúde física ou emocional pessoal.

Em outra oportunidade tratarei  da correlação entre o Etanol e Açúcar: produtos da indústria da sacarose (açúcar), os primos viciantes oriundos da cana de açúcar.


Há algo que eu possa fazer em relação à Doença de Alzheimer?


Este material é uma revisão dos artigos mais úteis e interessantes que encontrei à respeito da tão temida doença de Alzheimer e espero ser útil aos meus leitores.

A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente os adultos de idade avançada, porém novos estudos demonstram que seu início pode ser bem mais precoce, em torno dos 45 anos, bem antes que seus sintomas mais evidentes como a perda da memória e mais tarde a instalação do quadro de demência sejam visíveis. Essa, de fato, não é uma ótima notícia. Entretanto outros estudos demonstraram que em indivíduos com oito anos ou mais de escolaridade a prevalência é de 3,5%, enquanto que nos analfabetos é de 12,2%.

As pessoas que praticam exercícios da chamada neuróbica ( fazer tudo aquilo que contraria ações automáticas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional), obtêm um efeito benéfico e preventivo em relação à D.A.

Os estudos mais recentes, publicados na Archives of Neurology, demonstraram que as pessoas que mantêm o cérebro estimulado cognitivamente mediante leitura, escrita e jogos apresentam níveis menores da proteína beta amilóide, que está presente nos portadores da Doença de Alzheimer. Essa proteína tem a propriedade de formar placas no cérebro, e estas, de determinar uma piora na transmissão dos neurônios cerebrais.

O presente estudo demonstra que é possível até mesmo, mediante o estímulo do cérebro, afetar o processo patológico primário da doença, em outras palavras, parece ser possível que os exercícios cognitivos possam de fato ter um papel claramente preventivo da doença.

Embora atualmente o consenso científico fale em favor de que a D.A. seja considerada uma síndrome genética, estes novos trabalhos científicos demonstram que podemos ter uma participação em sua prevenção mediante ações práticas extensamente também comprovadas nos trabalhos científicos, e que somadas aos já bem conhecidos cuidados com a saúde ( alimentação, sono, atividade física e mental, etc ) têm confirmadamente efeitos benéficos para modificação dos fatores de desencadeamento e/ou retardamento da evolução na D.A.

Parece que os fatores de estilo de vida podem estar relacionados com as primeiras mudanças em muito maior proporção do que vinha sendo considerado até agora.
Rita Cytryn










Como falar em saúde?


A mídia está está alerdeando aos quatro ventos que o Brasil é a 6ª economia do mundo. O modelo de agronegócio brasileiro está em plena expansão e é vendido para a população as grandes maravilhas do qual esperam que estejamos muito satisfeitos, porém o fato é que o envenenamento da população nunca foi tão intenso como agora.

No documentário " O Veneno está na Mesa" de Silvio Tendler, constatamos números estarrecedores de que  o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos e que o brasileiro consome em média
5,2 litros de veneno por ano!
Como falar em saúde em um panorama desses?
Quem está ganhando com tudo isso?

http://www.ecodebate.com.br/2011/08/02/videos-do-documentario-o-veneno-esta-na-mesa-do-cineasta-silvio-tendler/

Saúde, Ecologia, Ética, Economia Sustentável, entre outros, todos convergem para a alimentação vegetariana

Na perspectiva da nutrição convencional é extensamente divulgado de que a restrição de carnes provoca carências de vitaminas, sendo esse o fator desestimulante para a revisão de hábitos para muitas pessoas. O que não tão enfatizado é que a alimentação carnívora está associada à doenças cardiovasculares graves e ao câncer, além de sabermos que vem contaminada com hormônios, antibióticos e outros componentes lesivos, levando à justamente o que se pretendia evitar, danos à saúde.


Além disso, o consumo de carne é anti-ecológico, pelo desmatamento de áreas verdes, prejuízo dos mananciais, rios, produção de grãos destinados aos animais, sem contar que é antiético do ponto de vista da desconsideração dos direitos à vida dos mesmos. Este, para mim, deveria ser o primeiro motivo de todos a ser considerado, mas enfim, trata-se do quadro referencial de cada pessoa.


Seja em benefício de si mesmo, de sua própria saúde, do seu planeta ou dos direitos dos animais, eliminar o consumo de carne trará imensos benefícios a todos.


Saiba quais são os alimentos que garantem a reposição nutricional em substituição à carne vermelha.



Vegetais verde-escuros: fontes privilegiadas de ferro, eles devem fazer parte de todas as refeições diárias. Salsa, couve, agrião, rúcula, brócolis, espinafre e folhas de beterraba também podem incrementar uma sopa quentinha ou entrar no recheio de panquecas e tortas salgadas.



A soja é rica em proteínas e fornece todos os aminoácidos de que precisamos. Sua ingestão também reduz o colesterol, prevenindo doenças cardiovasculares. O mercado fornece um grande leque de produtos, como bife, leite, queijo, iogurte e hambúrguer. Patês, sopas, vitaminas e saladas com tofu são ótimas maneiras de consumir o grão. A proteína texturizada fica deliciosa em molhos e recheios.

NAO TENTE FUGIR DO MEDO!


Muitos pacientes por não aceitarem o mal estar provocado por algum sentimento, explícito ou velado de medo, prosseguem mais e mais piorando sem saber como sair do ciclo.
Na tentativa de solucionar o problema, forma, a partir de um juízo (julgamento) uma linha de pensamento e conduta que agrava a situação ainda mais. Podem ser pensamentos do tipo "não deveria ser assim, tão fraco, tão vulnerável... Auto-recriminação sustentada por um diálogo interno (conversa que ocorre mentalmente) em que parte sente o medo e outra parte sugere ou impoe que "deve enfrentá-lo". Você "não deve sentí-lo", " deve ser forte", "que deve ignorá-lo", "todo mundo lida normalmente com tal situação portanto o medo demonstra fraqueza de caráter". Enfim, a lista é interminável.

Nao tente fugir do medo. Não tente forçar-se a não sentí-lo. Ao contrário, inicie um processo de diálogo interno de auto-aceitação. Começe por aceitar o sentimento de medo, apoiar-se incondicionalmente e compreender suas raízes, motivos e implicaçoes. Muitas pessoas se dizem “ansiosas” sem perceberem que a emoção que aí se esconde chama-se medo. Ou seja, não identificam o que sentem e também não podem solucionar a questão.

Essas soluçoes paliativas somente pioram o problema, chegando a criar transtornos de ordem física como gastrite, cefaléia, dores musculares e muitas outras.

Se for um sentimento muito arraigado, uma fobia, transtorno do pânico ou uma ansiedade persistente, por exemplo, não retarde resolução do problema. Busque ajuda especializada, um profissional que está treinado e apto a lhe ajudar a aprender a lidar com essa emoção assim como os demais medos que inevitavelmente ocorrerão em sua vida. Pense nisso.

Abraços

Apresentação

Este espaço foi criado para tratar de temas relativos à Psiquiatria, Neurologia, Psicoterapia. Informações atualizadas, respostas a dúvidas, divulgação de cursos e vivências psicoterapeutas e muito mais. Textos, partilhas, poesias, reflexões, palestras, um pouco de tudo que compõe o meu trabalho e o meu universo de interesses.Aqui você também ficará informado de minha Agenda de Cursos, Palestras e Vivências.

Aprendendo sobre o Auto Cuidado


Você ainda pode dar o importante passo na direção ao Auto Cuidado, um curso que te possibilitará obter informações e técnicas de como chegar a uma melhor qualidade de vida e de Auto Cuidado. Estamos nos reunindo todas às 5feiras, 16 hrs. Como o curso é modulado para totalizar 10 aulas, você ainda pode participar.
Veja o programa. Estou certa de que você vai se encantar com programação, pois ela contempla os principais aspectos de como obter boa saúde física e emocional. A próxima aula o tema será sobre EMOÇÕES e estarei lhe esperando por lá. As inscrições serão no próprio local do curso. Não perca essa grande oportunidade de dar uma guinada de 180º e mudar tudo que você sente que não está bem em si mesmo/a.
Abraços,
Dra Rita Cytryn.

Compreendendo a mim mesmo e aos demais. Porque as pessoas são como são?


Programa do Curso

O curso tem como objetivo dar fundamentação teórico/prática fornecendo os conceitos básicos da teoria analítica transacional (AT) e sua utilização na compreensão do comportamento humano enfocados na aplicação ao cotidiano. Sabemos que a realização pessoal e profissional se dá através do auto conhecimento, das escolhas conscientes e da construção de relacionamentos saudáveis.

A cada semana vamos estar compreendendo os aspectos de formação da sua personalidade, a influência familiar neste processo, que acaba sendo determinante de vários comportamentos, das reações emocionais e crenças positivas ou negativas sobre si mesmo. Determina igualmente a maneira de como eu me comunico com as pessoas, auxiliando a compreender os conflitos repetitivos que deixam sensações negativas e comprometem a convivência entre as pessoas.

Vamos ver que há opções, e em que posso mudar, pois são propostos, além da teoria, exercícios e dinâmicas, um treinamento para que o participante aplique estes conhecimentos na sua vida prática.

O curso será dividido em módulos, apresentados em encontros de 2 horas por semana, num total de 10 semanas.

1- Treinamento em Relaxamento Psicossomático- Efeitos e benefícios

2- Estudo da Personalidade- Os três aspectos Pai - Adulto - Criança. Análise Funcional: como nos relacionamos com os outros.

3-A Comunicação verbal e não verbal- Entendendo os padrões de comunicação.

4- Emoções: O que são as emoções e como adquirimos nosso padrão emocional.. Os disfarces e as somatizações.

5-Jogos psicológicos – É o padrão repetitivo de relacionamentos que termina com maus sentimentos para ambos. Ninguém sabe como começou, mas confirma o que pensamos do outro.

6-Estruturação do tempo- Como usamos nosso tempo - está de acordo com nossas necessidades e metas?

7- Reconhecimento/Carícias: O que são e qual a sua importância na saúde psicológica do indivíduo.

8-Posição Existencial: Qual o meu conceito sobre mim mesmo, as pessoas e o mundo em que vivo.

9-Script : É o plano de vida inconsciente, estabelecido pela criança na infância, sob influência da necessidade de se adaptar ao ambiente familiar. Será que hoje este plano ainda serve? Temos consciência dele? É possível querer coisas novas e mudar?

10-Relacionamento dependente e comportamentos passivos- Quais as maneiras que mais usadas para adiar resolução de problemas e quais as suas conseqüências na vida do indivíduo.

Este curso destina-se às pessoas interessadas melhorar seus relacionamentos seja no âmbito familiar, profissional, afetivo e social. É útil melhorar a qualidade do relacionamento dentro da empresa, para os profissionais cujas atividades exigem contato com o público e para todos que reconhecem que estando mais aptos no nível emocional terão muito melhores possibilidades de evoluir profissionalmente. Está indicado também para psicólogos e estudantes das áreas de saúde e educação, interessados em conhecer esta linha terapêutica.

Facilitadora: Dra. Rita Cytryn

Informaçõe e Inscrições- (71) 3492-3146/3322-3510